Nossas emoções e o nosso comportamento alimentar X Covid19

 Nossas emoções e o nosso comportamento alimentar X Covid19

Woman with medical mask holding a shopping bag full of fresh food. Young woman with a grocery shopping bag during covid 19, coronavirus pandemic . Beautiful young woman with vegetables in grocery bag.

2020 tem sido um ano diferente para todos nós. A ocorrência de uma pandemia trouxe consigo a implementação de medidas drásticas no intuito de controlar a sua disseminação. Estas entretanto, acabaram afetando de forma inesperada não apenas nosso cotidiano, como também nossas emoções e o nosso comportamento alimentar.

De acordo com a psicoterapeuta Daniele Nonnenmacher, o isolamento social, as diversas inseguranças e incertezas que emergiram com o aparecimento do vírus, criaram um campo propício para o desencadeamento de medos e ansiedades. Todos os sentimentos despertados neste momento, somados às dificuldades de se estabelecer e se adaptar a uma nova rotina (agora dentro de casa), acabaram por afetar também a forma como passamos a nos alimentar neste período.

E porque isso tem acontecido? Quando a ansiedade se eleva é muito comum termos comportamentos imediatos com intuito de reduzirmos o desconforto causado pela mesma e muitas vezes, o alimento acaba sendo esta fonte. De acordo com Daniele, isso acontece porque nossa memória afetiva está carregada de sabores e recordações que tornam a refeição um dispositivo de imagens, sentidos e sentimentos. Segundo Daniele, estabelecer uma rotina com intervalos para alimentação e lazer, praticar exercícios físicos (mesmo dentro de casa), manter contato com amigos e familiares (pode ser por video-chamada) e fazer uso de técnicas de respiração são estratégias simples que podem auxiliar neste momento.

A nutrição também pode ser aliada durante esse momento de ansiedade, de acordo com a nutricionista Heloisy Brandt, e como foi citado acima é comum acabar descontando nossas emoções na alimentação, alimentos nos trazem conforto, e também nos lembram bons momentos com a família por exemplo. Mas, precisamos ressaltar que nesse momento em que estamos um pouco mais ansiosos, precisamos diminuir a quantidade de alimentos calóricos e sem valor nutricional como por exemplo: carboidratos refinados (doces, pães, massas, refrigerantes, etc.). Atenção: diminuir não significa excluir.

Estudos têm sugerido forte relação entre microbiota intestinal e saúde mental, além de efeitos comprovados de alguns alimentos na ansiedade. Aumente a quantidade de fibras na sua alimentação (semente de abóbora, aveia, linhaça, chia, etc.),  consuma alimentos fonte de Triptofano (banana, cacau, castanhas e leguminosas, etc.),  chás (camomila, passiflora, valeriam, melissa, etc.) e hidrate-se bem!

Caso você perceba que está difícil manejar sua ansiedade ou mesmo cuidar da sua alimentação neste momento, não hesite, procure um profissional da saúde.

 

Daniele Nonnenmacher & Heloisy Brandt

Daniele  é Psicoterapeuta e Heloisy é nutricionista e juntas fazem parte da equipe da Tower Hill Clinic, clínica multidisciplinar de saúde e estética situada na zona central de Londres.

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