Suicídio – Setembro Amarelo

 Suicídio – Setembro Amarelo

Olá queridos leitores, estamos em Setembro que é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Esse é um problema que atinge muitas mulheres e  imigrantes, que, por diversos fatores que irei mencionar, podem se mais vulneráveis a problemas de saúde mental. Por isso decidi escrever sobre esse assunto tão cheio de estigmas e tabus.

O suicídio é uma questão complexa e preocupante em todo o mundo, afetando pessoas de todas as idades, gêneros e origens. No caso das mulheres, há algumas particularidades.

Elas têm uma taxa de tentativas de suicídio mais alta em comparação com os homens, mas a taxa de suicídio completado é geralmente mais alta entre os homens. Existem várias razões complexas para essa discrepância:

1. Escolha de métodos: As mulheres tendem a recorrer a métodos menos letais em suas tentativas de suicídio, enquanto os homens frequentemente escolhem métodos mais violentos, como armas de fogo. Isso explica por que as taxas de tentativas são mais altas entre as mulheres, mas as taxas de suicídio completado são maiores entre os homens.

2. Fatores sociais e culturais: As mulheres podem ser mais propensas a relatar suas emoções e buscar ajuda, enquanto os homens, muitas vezes, têm maior relutância em fazê-lo devido a normas sociais de masculinidade que desencorajam a expressão emocional.

3. Saúde mental: Os transtornos mentais, como depressão e ansiedade, são fatores de risco significativos para o suicídio. As mulheres tendem a ter taxas mais elevadas de transtornos mentais em comparação com os homens, o que pode contribuir para a disparidade nas taxas de tentativas de suicídio.

As taxas de suicídio podem ser influenciadas por diversos fatores, incluindo gênero, idade, saúde mental, contexto social e cultural, entre outros. Em relação a imigrantes, vários estudos sugerem que pode haver  maior risco de suicídio em comparação com não imigrantes. No entanto, é essencial considerar que a situação pode variar significativamente de acordo com o contexto e a experiência individual de cada imigrante.

Alguns fatores que podem contribuir para esse risco aumentado incluem:

1. Estresse e isolamento: Imigrantes muitas vezes enfrentam desafios significativos ao se adaptar a um novo país, incluindo barreiras linguísticas, dificuldades em encontrar emprego e estabelecer uma rede de apoio social. O estresse e o isolamento podem aumentar o risco de problemas de saúde mental, incluindo o suicídio.

2. Discriminação e xenofobia: Pode haver discriminação, preconceito e xenofobia em seu novo ambiente, o que pode afetar negativamente sua saúde mental.

3. Traumas prévios: Alguns imigrantes podem ter vivenciado experiências traumáticas em seus países de origem, como guerra, violência, abuso ou perseguição política. Esses traumas podem persistir e impactar sua saúde mental após a imigração.

4. Acesso a serviços de saúde: Algumas mulheres imigrantes podem enfrentar dificuldades em acessar serviços de saúde mental devido a barreiras culturais, linguísticas ou legais.

É importante ressaltar que a experiência de mulheres e imigrantes é diversa e complexa, e nem todas enfrentam os mesmos desafios ou têm o mesmo risco de suicídio. O bem estar emocional e mental podem ser influenciados por diversos fatores e, a compreensão desses fatores é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de apoio e prevenção eficazes.

Se você ou alguém que você conhece está passando por momentos difíceis ou precisa de ajuda emocional, é essencial buscar apoio de profissionais de saúde, serviços de apoio emocional ou organizações especializadas em questões de saúde mental. Em muitos países, existem linhas de apoio e serviços disponíveis para fornecer suporte adequado.

No Brasil e na Inglaterra, existem diversos órgãos e organizações que oferecem ajuda e suporte para pacientes que estão enfrentando problemas de saúde física, mental ou emocional. Abaixo estão alguns exemplos de órgãos de ajuda em ambos os países:

Brasil:

1. Centro de Valorização da Vida (CVV): É uma organização que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio através de ligações telefônicas gratuitas, e-mail e chat. https://www.cvv.org.br/- Tel- 188

2. CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): São serviços de saúde que oferecem atendimento a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes.

Inglaterra:

1. Samaritans:  É uma organização de caridade que oferece suporte emocional para pessoas que estão enfrentando momentos difíceis, incluindo aqueles que estão lidando com pensamentos suicidas. https://www.samaritans.org/ Tel- 116123

2. Mind: É uma instituição que oferece informações e apoio para questões de saúde mental, bem como campanhas para combater o estigma associado a problemas mentais. https://www.mind.org.uk/information-support/helplines/ Tel- 0300 123 3393

3. NHS (National Health Service): O sistema público de saúde no Reino Unido, que oferece assistência médica gratuita, incluindo serviços de saúde mental.  https://www.nhs.uk/service-search/mental-health/find-an-urgent-mental-health-helpline

4. Mental Health Foundation: Uma organização que promove a saúde mental, realiza pesquisas e oferece recursos e informações para melhorar o bem-estar mental. https://www.mentalhealth.org.uk/explore-mental-health/get-help

Esses são apenas alguns exemplos de órgãos especializados em saúde mental em ambos os países.

Nunca deixe de procurar ajuda, um atendimento especializado pode salvar muitas vidas!!

Beijos e até o mês que vem!!

 

Por: Dra. Priscilla Sodré

Ginecologista-Obstetrícia, Mastologista Médica credenciada pelo General Medical Council

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