Você não sabe se amar?

 Você não sabe se amar?

Baseado na música: Você não soube me amar do Evandro Mesquita, eu resolvi escrever sobre o amor próprio…

Até parece clichê uma vez que ouvimos isso quase todos os dias, porém, quanto você se ama realmente?

Só podemos amar ao próximo se soubermos amar a nós mesmos. Enquanto colocamos os desejos de outras pessoas primeiro, nenhuma relação consegui ir adiante.

Não é tão fácil assim,  quanto pensamos… Nossos instintos falam mais alto, e o coração ah o coração ele muitas vezes é enganoso. Nos últimos anos muitas coisas tem mudado, e uma delas é o jeito de agirmos, pensarmos e reagirmos em varias situações, o egoísmo tem sido a principal causa de guerras em pleno século 21! As pessoas vivem como se fossem levar daqui tesouros, propriedades e ate mesmo pessoas. Muitas pessoas ainda não entenderam que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. As pessoas se esquecem que são únicas, com talentos intransferíveis, sonhos únicos e qualidades totalmente diferentes uma das outras.

A realidade é cruel muitas vezes, pois sim nos apegamos a pessoas, queremos muitas vezes estar bem pertinho, fazer ou resolver problemas e histórias que não conseguimos por sermos individuais!

Amor próprio não é egoísmo: Saber amar a si mesmo é fundamental, mas essa busca por gostar de si não pode anular ou diminuir a existência daqueles e daquelas que estão à sua volta.

Amar a si próprio, tentando separar sempre que possível, de quem se pretende ser ou quem a sociedade deseja que sejamos, é um dos assuntos mais discutidos nas últimas décadas. Graças a esse movimento de libertação sobre modelos que não existem, que são sufocantes e que determinavam o que era o correto e bonito; estar fora do padrão estético quase sempre limitado da moda, deixar de ter o cabelo liso, vestir as roupas quase todas parecidas como se fizéssemos parte de um exército, estão fora de moda.

Descobrir nossa personalidade e mostrá-la se tornou uma prova de segurança e autoestima bem resolvida. Para nós, mulheres, esse movimento tem sido libertador. Sabemos que o machismo e a violência doméstica, que é uma de suas mais agressivas consequências, encontram na baixa autoestima feminina um campo fértil para se desenvolver. Não tem como criticar que tratemos de nossa autoestima e que busquemos nutri-la sempre. A questão é que tem gente que anda confundindo amor próprio com egoísmo.

O amor é vivenciado quando é expresso. Por isso associamos tanto o amor ao cuidado, porque é uma das formas mais ternas de amar. Existe o amor que se expressa protegendo, mimando, orientando, apoiando, corrigindo… Amar é um ato de doação. Não poderia ser diferente quando nos referimos a amar a nós mesmos: devemos nos cuidar, mimar, orientar, apoiar, corrigir…

O ato de amar começa pela atenção, a energia que dedicamos ao nosso objeto amado.

Quando começamos a amar uma pessoa, costumamos ficar atentos aos detalhes, ao que gosta, ao que desgosta, ao que lhe faz bem e ao que lhe faz mal. Por que faríamos diferente conosco? Olhar para nós com atenção fará que tenhamos mais consciência de quem somos, do que nos faz bem e o que devemos mudar nas nossas vidas.

A diferença entre o amor próprio e o egoísmo é a incapacidade do segundo de ceder em prol do bem além do nosso. Nosso amor próprio passa, sim, por cuidar de nossos quereres, só que isso não significa a imposição deles sobre os outros. Pelo simples fato de que o nosso amor próprio termina na fronteira que delimita nosso ser.

 

Por: ADRIANA BELL

Organizadora do evento Papo de Mulher + Prêmio Mulher de Atitude e editora da Brasil na Mão.

adriana@brasilnamao.co.uk

Tel.: (+44) 7771782402

 

Fonte de pesquisa: http://www.behavior.com.br/blog/pt/amor-proprio-e-diferente-de-egoismo/