Tempestades em Moçambique deixam estragos, desabrigados e toda ajuda é necessária 

 Tempestades em Moçambique deixam estragos, desabrigados e toda ajuda é necessária 

Moçambique teve um início de 2021 marcado por fortes chuvas, ventos e passagem de dois ciclones pelo país. O último, chamado de Eloíse, afetou 250 mil pessoas, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). Pelo menos 18 mil pessoas precisaram ser deslocadas, 76 centros de saúde foram danificados e 400 salas de aulas destruídas. A ação emergencial foi para arrecadar água, cobertores, produtos de higiene, equipamentos sanitários, máscaras e alimentos.  Outro impacto foi nos terrenos de lavoura deixando um rastro de destruição em ferramentas, sementes agrícolas e naquelas que seriam as possíveis colheitas esperadas para este mês de abril.

Segundo o Programa Mundial de Alimentos, da ONU, janeiro, fevereiro e março são o pico da época de escassez de alimentos no país. Quase 3 milhões de pessoas no sul, centro e norte de Moçambique já enfrentaram altos níveis de insegurança alimentar antes do ciclone. Com a alta dos preços dos itens básicos de alimentação associada ao aumento do dólar, o acesso a comida ficou limitado para a maioria das pessoas. Em períodos como esse a população se alimenta de folhas de mandioca que ainda restaram ou que conseguiram reservar. Neste cenário, onde a Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) tem 30 centros de acolhimento, também houve prejuízos provocados pelas tempestades tropicais nas instalações do Projeto Acolher Moçambique. Um refeitório, cercas, muros, salas, acessos e veículos foram prejudicados pelo excesso de água, lama e ventania. Além disso, casas de acolhidos pelo projeto foram destruídas e os voluntários prestam ajuda na reconstrução.  “O período de ciclones em Moçambique é entre outubro até fevereiro.
Normalmente, as tempestades não vêm para a região onde a FSF está localizada com os centros de acolhimento. Mas neste ano tivemos a surpresa de estarmos mais perto destes eventos climáticos. Mesmo assim, a gente percebe a grandeza da capacidade de resiliência dos moçambicanos. Dificilmente a gente vê eles reclamando de alguma coisa, mesmo estando com fome ou em situação como agora dos temporais”, lembra-se Alan Xavier, coordenador do Projeto Acolher Moçambique. Para a reconstrução das áreas afetadas pelos temporais dentro dos centros de acolhimento da FSF será preciso contar também com o fortalecimento e a ampliação do apadrinhamento ao projeto. A hora é de unir forças por esta população e pela continuidade das atividades da Fraternidade sem Fronteiras. O clima interfere diretamente no transporte dos alimentos para as aldeias e também na continuação da obra do poço artesiano da aldeia de Namaacha Mutokomene. Moçambique passa por um momento delicado de recuperação e muita fome, somado a isso tem ainda a preocupação com a saúde pública. Além das chuvas provocarem um possível aumento nos casos de Malária, a pandemia provocada pelo Covid-19 também exige muita atenção. O país já ultrapassou os 62 mil casos confirmados para a doença e 690 mortes. A campanha de vacinação começou na segunda semana de março. O governo moçambicano pediu para que o Ministério da Saúde avalie as questões de biossegurança para uma possível volta às aulas. Com esta expectativa, a coordenação do Projeto acredita que, se as aulas voltarem, muito provavelmente os nossos centros de acolhimento também retornarão a oferecer refeições. E com isso será preciso uma adequação às normas sanitárias, com a aquisição de luvas, máscaras, viseiras, toucas, termômetros, álcool gel, além dos itens de higiene e limpeza. Hoje todas as atividades nos centros estão suspensas. “Se acontecer esta autorização para voltarmos a cozinhar, o que acreditamos que acontecerá, sabemos que haverá uma elevação nos custos do projeto. Vamos precisar comprar equipamentos e materiais de prevenção contra o Covid-19. E mais uma vez precisaremos reforçar a importância do apadrinhamento”, alerta Alan ao relembrar que são 354 mil refeições por mês oferecidas nos centros de acolhimento.

Nós do Fraternity Without Borders UK, apoiamos diretamente o Projeto Acolher Moçambique, que hoje atende cerca de 14 mil pessoas entre crianças, jovens, idosos e trabalhadores diretos. Este número era 10 mil no início da pandemia e tende a crescer ainda mais em função dos estragos causados pelos ciclones. Mais do que nunca precisamos de todo o apoio possível, através de doações avulsas e do apadrinhamento. Com apenas £15 libras mensais você poder garantir alimentação de uma criança por 30 dias. Temos também vários livros, inclusive infantis, de autores diversos e camisetas de várias cores e tamanhos que podem ser enviados pelo correio. Colabore e venha você também fazer parte desta corrente de amor!

Mais informações:
W:www.fraternitywithoutborders.co.uk
E: info@fraternitywthoutborders.co.uk
T: +447841402336
Instagram: @fraternitywithoutbordersuk

Por: Laureane Schimidt & Katia Fernandes Press – Brasil e Londres +447944 390164 I pressfwbuk@gmail.com

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