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Mulheres que florescem no outono da alma
O mês de novembro chega trazendo um ar diferente. Em Londres, as folhas caem, o frio se aproxima e a cidade se cobre de tons dourados e alaranjados. É o prenúncio do inverno, mas também o lembrete de que a beleza está nas transições, assim como acontece dentro de nós. Cada mulher, em algum momento, vive o seu próprio outono da alma. Aquele tempo em que é preciso deixar ir o que já não faz sentido, abrir espaço para o novo e aprender que o renascimento é parte do ciclo da vida.
A natureza, sábia como é, nos ensina que nada floresce o tempo todo. Há épocas de brilho e expansão, mas também períodos de recolhimento e silêncio. O outono é o convite da alma feminina para desacelerar, olhar para dentro e perceber o que precisa ser soltado: um medo antigo, uma culpa que pesa, uma relação que não nutre mais, uma versão de nós mesmas que ficou pequena diante da mulher que estamos nos tornando.
Ser mulher é conviver com muitas estações ao mesmo tempo. Somos força e delicadeza, tempestade e calmaria, riso e lágrima. Somos feitas de contrastes que se completam, e é justamente isso que nos torna únicas. No outono da alma, aprendemos que vulnerabilidade não é fraqueza é coragem. É o ato de se despir das folhas antigas e confiar que, mesmo sem flores, ainda há vida pulsando em cada galho.
Quantas vezes nos cobramos por estar sempre bem, sempre fortes, sempre lindas e impecáveis? A verdade é que não precisamos ter tudo o tempo inteiro. Há beleza em pausar, em se permitir cansar, em pedir ajuda, em aceitar que o recomeço pode ser lento. Florescer, às vezes, é simplesmente continuar mesmo quando o vento sopra forte.
Novembro, com seu céu cinzento e dias mais curtos, é um lembrete de que o brilho não vem apenas da luz, mas também do que resistiu na escuridão. E nós, mulheres, sabemos bem o que é resistir. Resistimos às expectativas, aos julgamentos, às dores que ninguém vê. Mas também reinventamos o amor, a amizade e os sonhos. Criamos pontes onde antes havia muros, e aprendemos a transformar feridas em sabedoria.
Este mês, que tal olhar para si com mais ternura? Que tal reconhecer a mulher que você se tornou não apenas pelas vitórias visíveis, mas por tudo o que superou em silêncio? Às vezes, o maior florescimento acontece quando paramos de lutar contra o que foi e aceitamos o que é. Quando soltamos o controle e deixamos a vida nos conduzir para novos caminhos.
O outono é o tempo de confiar no invisível. Assim como as árvores não temem perder suas folhas, precisamos aprender a confiar que, mesmo no aparente vazio, algo novo está germinando. É o ciclo da vida, e ele também vive dentro de nós.
Então, neste novembro, celebre suas mudanças. Permita-se ser a mulher que cai, mas também a que se levanta; a que chora, mas também a que sorri com o coração cheio de esperança. Porque, no fim, florescer não é sobre ter tudo no lugar, é sobre continuar acreditando, mesmo quando o jardim ainda está em silêncio.
E quando o inverno chegar, você perceberá que nada foi em vão. As folhas que caíram deram espaço para novas raízes, mais fortes e profundas. E você, mulher, renascerá mais inteira, mais leve e mais sua.
por Adriana Bell
Idealizadora e organizadora do Papo de Mulher
@papodemulher.uk