Milhares de Moçambicanos são afetados com a queda de doações

 Milhares de Moçambicanos são afetados com a queda de doações

A Fraternidade Sem Fronteiras possui mais de 30 centros de acolhimento distribuídos no continente Africano. Atualmente a Organização Humanitária enfrenta o desafio de manter um trabalho contínuo nas comunidades locais devido a redução de doações.
Entre todos os Centros de Acolhimentos, a cidade de Chicualacuala, localizada na província de Gaza, em Moçambique, é uma das mais afetadas. A região sofre mais intensamente com a falta de infraestrutura básica, como por exemplo, o não acesso à água potável, alimentos e também escolas. O trabalho que a FSF desenvolve é para trazer uma melhor qualidade de vida para adultos e crianças na região. Os Centros de Acolhimentos oferecem alimentação, reforço escolar e possui projetos de construção de poços artesianos. Porém, desde do começo da pandemia, 2020, o valor das doações diminuíram drasticamente e os centros de acolhimentos precisaram reduzir a assistência prestada na região.
Segundo a coordenadora de projetos e sustentabilidade do Projeto Acolher em Moçambique, Priscila Alexandre, a redução das doações fez com os centros reduzissem a distribuição de comida, que antes eram servidos cinco refeições semanais e hoje a comunidade local recebe um prato de comida apenas três vezes por semana.
Para Priscila, o corte feito nas refeições é uma das ações mais extremas que a FSF precisou adotar. Antes de reduzir a distribuição dos pratos de comida, foi preciso fazer outros cortes como produtos de limpeza e higiene.
“Quando a gente começa a apoiar esses centros de acolhimento com comida, água e com todo o carinho dos nossos voluntários a gente vê uma mudança social. Um exemplo claro são as crianças que passam a frequentar a escola por que elas estão alimentadas. Para nós é doloroso ver estes cortes e principalmente no caso da alimentação porque muitas crianças deixam de ir para a escola e ficam dias sem comer”, afirmou Priscila.
O apadrinhamento é uma rede de ajuda que a FSF criou para que o trabalho desenvolvido nos centros de acolhimento sejam contínuos e que aos poucos as comunidades possam ter autonomia para se auto sustentar. Com uma doação de apenas £15 por mês é possível garantir que uma criança seja alimentada por um mês. Em Londres, a Fraternity Without Borders concentra todos os reforços e envia todas as doações para os centros de acolhimentos na África. Para o coordenador da FWB, no Reino Unido, Gilson Guimarães, o apadrinhamento é essencial para que os centros de acolhimento funcionem 100% e que os projetos implementados da região possam dar mais autonomia para os moradores terem uma melhor qualidade de vida.

 

Caravanas de trabalho 
Uma outra forma de ajudar, é através das Caravanas que a FSF organiza anualmente e convida a todos a verem de perto os projetos desenvolvidos pela organização. O trabalho das Caravanas é 100% voluntário e as pessoas ajudam dentro dos centros de acolhimento.
“É uma oportunidade para vivenciar e conhecer a cultura do povo africano através do através da doação de afeto, disciplina, respeito, cooperação e compaixão”, afirmou Guimarães.
Neste ano a Caravana organizada pela FWB, no Reino Unido, acontecerá em setembro de 2022 e terá a duração de 10 dias. Para obter mais informações de como participar basta entrar em contato com a coordenação da FWB pelo telefone +0447841402336.

Informações
● info@fraternitywithoutborders.co.uk
● www.fraternidadewithoutborders.co.uk
● wwwfraternidadesemfronteiras.org.br
● IG: fraternitywithoutbordersuk

Por: Veridiana Jordão
Jornalista voluntária Assessoria de Imprensa FWB-UK
veridiana.fraternidade@gmail.com