Você está buscando o relacionamento perfeito? Você pode sofrer da Síndrome de Walt Disney

 Você está buscando o relacionamento perfeito? Você pode sofrer da Síndrome de Walt Disney

Síndrome de Walt Disney: “chamamos assim aquela crença infantil, aquela esperança mágica de que a partir do dia em que encontrarmos o parceiro certo ou formarmos uma família, teremos encontrado a felicidade eterna”. 

Nos contos de fadas, é comum encontrar histórias onde princesas apaixonadas vivem em busca de seus príncipes encantados e relacionamentos perfeitos. Algumas delas até beijam sapos e feras na espera de uma transformação, para enfim, viverem o “felizes para sempre”. Na vida real a história é diferente, mas, existem muitas pessoas que levam essa ficção a sério. Esse transtorno é real se chama Síndrome de Walt Disney.

Mesmo que a princípio não nos identifiquemos imediatamente com a síndrome, temos que lembrar de atitudes comuns nos relacionamentos. “Querer que o parceiro mude a qualquer custo não é o mesmo que acreditar que sapos, quando beijados, viram príncipes?”.

“É verdade que, desde meninas, somos instigadas a acreditar no final feliz dos filmes e das novelas que, normalmente, aparece após uma cena de casamento, que fecha a história, mas não mostra como é a vida depois. A realidade é sempre bem diferente”

Enfrentando o problema:

Um dos maiores erros dos relacionamentos, é acreditar que o outro seja fonte principal da nossa felicidade. Mas, se isso é tão comum, como lidar?

Os remédios mais indicados contra a Síndrome de Walt Disney são: parar de criar expectativas e deixar de fantasiar: “quando enxergamos e aceitamos a realidade, isto é, a beleza dos seres humanos (com todos os seus defeitos), assim como a natureza dos relacionamentos (com seus momentos de alegria e os de crise, altos e baixos), fica muito mais fácil se relacionar sem se frustrar”.

Será realmente amor?

Outra maneira de espantar essa síndrome é identificando dentro de nós o que realmente nos move nos relacionamentos. Será que é mesmo amor? Ou será que estamos nos relacionando por carência, medo de ficarmos sozinhas, minhas amigas se casaram eu também tenho que casar ou apego à fantasia daquilo que talvez um dia nossos parceiros possam vir a ser se mudarem, se conseguirmos comprar aquela casa maior, se tivermos um filho ou mais um. 

Enquanto ficamos presas às nossas expectativas e fantasias de como o parceiro ou o relacionamento deveriam ser para sermos felizes, privamo-nos de enxergar a beleza de como eles realmente são: turbulentos e inconstantes, assim como tudo na vida real. 

Relacionamento perfeito não existe!

O que podemos encontrar são pessoas determinadas a amar o outro, apesar dos defeitos que este possa ter. O ideal é que um esteja tão inteiro que não dependa de uma pessoa para completá-lo, como costumam dizer os manuais de autoajuda.

Ou seja, quando falta alguma coisa em nossa vida, na verdade, a lacuna está dentro de nós. E ela deve ser preenchida por meio do autoconhecimento e da mudança de alguns paradigmas e comportamentos, e não ter a expectativa de que é o parceiro quem vai promover a sua felicidade. Quando isso acontece, vêm as decepções amorosas a partir da projeção de um modelo de relacionamento que, na vida real, não existe.