Como eu me tornei fotógrafo

 Como eu me tornei fotógrafo

Olá queridos leitores da Revista Brasil Na Mão! Tudo bem com vocês?

Hoje vou falar um pouco de como eu me tornei fotógrafo. É uma história bem legal que me enche de alegria e orgulho. Que mesmo nos dias de hoje com a popularização da fotografia, eu continuo acreditando que foi a minha melhor escolha.

Tudo começou lá em 1994, ano que o Brasil conquistou o tetracampeonato mundial de futebol, o país ganhava uma nova moeda, o Real. Mas o principal marco deste ano foi o nascimento do meu filho. Jones Neto, esse sim foi meu grande momento da vida. Neste ano eu era funcionário concursado dos Correios, tinha uma carreira promissora já que com dedicação e comprometimento eu conseguiria promoções, melhores salários e estabilidade. Mas toda essa garantia não foi suficiente para me parar, foi trabalhando no correio que eu tive um grande amigo fotógrafo, foi com ele que eu iniciei profissionalmente nesse mundo, acompanhei em alguns trabalhos como assistente e em poucas semanas já tinha minha câmera Pentax modelo SP1000, Estamos falando de fotografia analógica. Na mesma época eu comprei a minha primeira filmadora Panasonic M2000, eu alternava meus trabalhos entre fotografias e filmagens de festas e tive que fazer a minha primeira grande escolha profissional. Decidi sair do Correio e apostar tudo na fotografia.

No início foi tudo muito rápido, por trabalhar com festas, os finais de semanas eram os mais concorridos e sempre foi raro um sábado a noite em casa, estava sempre em festas trabalhando. Muitas vezes a jornada era bem puxada, chegava a fazer 5 festas em um único final de semana, começando com uma na sexta feira, duas no sábado e duas no domingo. A vantagem é que eu tinha a semana inteira para descansar.

Minha primeira empresa foi a JEJ Produções, que além de mim, participavam meu irmão e minha esposa. Foi uma época muito boa. A empresa acabou porque eu passei a trabalhar como freelancer para outras produtoras, então nesse momento eu apenas recebia as coordenadas das festas, executava e recebia meu cachê. Não tinha a pressão de conseguir o cliente, administrar equipe, pós produção. Meu trabalho era ir para a festa filmar ou fotografar e só. Trabalhei para grandes produtoras, estava nas mais conceituadas igrejas e Buffets de São Paulo. Foi uma época de grandes aprendizados.

No ano 2000 eu iniciei meu curso de Designer Gráfico. Profissão que ajudou muito minha fotografia e também me motivou a montar uma nova empresa. Assim surgiu a Bela Lembrança. A princípio seria uma agência que fornecia apenas lembranças, quadros e banners para festas infantis. Estava bem animado com o curso de Designer Gráfico e via nessa nova habilidade uma ótima oportunidade de negócio. Porém a empresa tomou outro rumo quando a Andreia, dona do Buffet Infantil Kids Point, no qual ofereci nossos serviços de lembranças, me perguntou sobre os serviços de fotografias e vídeos de festas. Não queria voltar a fotografar e filmar, mas aceitei a proposta com o objetivo de facilitar a apresentação das lembranças. Naquele mesmo dia recebi uma ligação de um cliente que havia sido recomendado pelo Buffet Kids Point e combinamos nosso primeiro trabalho, Fotografia, filmagem, banner e lembrança para a festa. A partir daí, praticamente tiramos o pedido, era uma situação inacreditável, em alguns momentos tínhamos 12 dias de festas seguidos, começando na quarta feira e finalizando no domingo. A Rede Kids Point cresceu muito e em um momento chegou a ter 6 unidades, na qual trabalhávamos em todas elas. Acompanhando esse ritmo cheguei a ter duas unidades, e 20 funcionários.  Foi um tempo muito bom que sempre relembro com muita saudade. 

Em 2014 eu resolvi vir para Londres visitar minha irmã e passear um pouco, eu só não imaginava que ficaria tão encantado com essa cidade que em poucos dias após nosso retorno, decidimos viver aqui e em menos de 8 meses isso estava acontecendo. A Bela Lembrança funciona até hoje, sob o controle de um grande amigo, Marcelo, que durante anos me acompanhou nas festas.

Já em Londres, comecei com o trabalho mais fácil, separei material reciclado, trabalhei com limpeza de restaurantes, fui lavador de pratos e entregador de comida. Entre um trabalho e outro eu fazia alguns cliques, já que a fotografia fazia parte da minha vida. E em 2021 durante a maior crise mundial, eu decidi assumir a fotografia como minha principal atividade. Troquei a sala de casa pelo meu Studio fotográfico, intensifiquei a divulgação do meu trabalho e hoje tenho como minha única fonte de renda a fotografia. Aquilo que eu tanto amo fazer também é responsável pela minha existência. Trabalhando com fotografia de pessoas, eu atendo gestantes no projeto GraviDivaUK, tenho uma parceria com a Revista Brasil Na Mão, atendo uma agência francesa que trabalha para os principais aplicativos de entrega de comida e muitas outras coisas, sempre com pessoas de verdade sendo fotografadas.

Essa foi um pouco da minha história. Enquanto escrevia a emoção tomava conta e me dava ainda mais orgulho dessa trajetória confirmando que minha escolha foi a melhor.

Que tal fazer parte dessa história? Vamos fazer um ensaio Fotográfico?

Um grande abraço e até a próxima edição!

 

 

Por: Jones Fernandes

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