Tipos de psicoterapia e saiba com qual você se identifica – Parte 1

 Tipos de psicoterapia e saiba com qual você se identifica – Parte 1

Psicologia tem três grandes escolas: Psicanálise, Teorias Comportamentais e Humanistas. Contudo, pode-se dizer que cada linha psicoterápica possui, ao menos, três objetivos em comum: conhecer o ser humano; ajudar a melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e aprimorar as práticas de atendimento. Dizendo de uma maneira bem simples: cada profissional vai ter um “jeito” próprio de atuar, dentro da abordagem utilizada no consultório.

A psicoterapia é um dos métodos utilizados no tratamento de pessoas com transtornos psicológicos, ajudando-as a compreender a sua própria doença. Para ajudar nesta importante escolha, explicarei a seguir as principais características de alguns tipos de psicoterapia ou abordagens teóricas.

PSICANÁLISE: Freud descobriu que muitos sintomas de sofrimento mental desapareciam quando a pessoa acessava conteúdos inconscientes da mente. Por isso, a técnica estimula que o cliente se expresse sem censura e faça associações livres entre pensamentos, fantasias, emoções e sonhos. O analista faz o papel de um ouvinte atento, que, de tempos em tempos, interrompe o paciente para que ele reflita sobre significados que podem estar ocultos em sua fala, como uma maneira de desvendar o inconsciente.

TERAPIA JUNGUIANA: também chamada de psicoterapia analítica. Enquanto a psicanálise é mais retrospectiva, buscando o autoconhecimento em aspectos inconscientes ocultos no passado (geralmente na infância), a psicoterapia junguiana é mais prospectiva, vislumbrando o futuro. Para acessar o inconsciente, o terapeuta utiliza bastante os sonhos dos clientes e leva em consideração, também, o que Jung batizou de “inconsciente coletivo”, ou seja, imagens, pensamentos e experiências, comuns a todos os seres humanos, mas que interferem na saúde emocional.

TERAPIA LACANIANA: essa é uma variação da psicanálise de Freud. O método utiliza o mesmo método de livre associação, para fazer com que o paciente reflita sobre seus dilemas. No entanto, há muito mais interrupção do terapeuta nesse método, quando comparado a metodologia freudiano. O analista pode quebrar a continuidade da sessão no momento que achar importante, mesmo que seja preciso dar um corte brusco, e pedir para o paciente pensar sobre o que foi falado.

TERAPIA COMPORTAMENTAL: baseia-se na percepção de que estímulos do ambiente podem modelar nosso comportamento. Por isso, o terapeuta costuma propor estratégias comportamentais que gera mudanças na vida dos clientes. Ao terapeuta, cabe o papel de avaliar detalhadamente os sintomas, em quais condições ou situações eles aparecem e as consequências. Já o cliente precisa estar motivado para aderir ao tratamento e aceitar as tarefas propostas pelo especialista.


Por: Carla Martins
Psicóloga clínica com atendimento individual e casal
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