Na marca do pênalti

 Na marca do pênalti

Aquela zoação que antes era comum nos bares depois dos jogos ou na segunda-feira no trabalho, parece que definitivamente vem dando lugar aos comentários no Facebook e Twitter. 

Mas independentemente de ser no bar ou Facebook, as discussões após as rodadas de um campeonato sempre irão existir. Pois, são nessas discussões que se acham os culpados e os heróis. Às vezes culpamos o goleiro que falhou no lance, outras o gol perdido pelo atacante na cara do gol, mas seja de quem for o culpa, toda essa discussão é apenas uma maneira de tentar explicar um mau resultado, ou exaltar uma vitória.

O engraçado, é que atualmente todos tem apontando um mesmo culpado ou exaltado o mesmo herói, a arbitragem.

Impedimentos criados ou não dados, um crescimento de 150% no número de pênaltis marcados em relação ao último campeonato, uma confusão total na interpretação das regras, e pronto, já é o suficiente para tirar os gols e dribles de foco, e colocar a arbitragem no centro das atenções.

Árbitros mal preparados, e que não sabem interpretar a regra, falta de profissionais exclusivos, já que praticamente 100% dos árbitros não vivem da arbitragem e a falta de apoio para o aprimoramento dos profissionais, são alguns dos fatores que podem ser apontados como responsáveis pela fraca arbitragem no Brasil. Mas a verdade, é que a arbitragem tupiniquim nunca foi lá grande coisa, e os erros sempre existiram. O problema, é que agora com as dezenas de câmeras espalhadas pelo campo, os recursos tecnológicos mostrando todos os lances com detalhes e precisão, e a rapidez com que os jogos acontecem, tem colocado os árbitros na marca do pênalti.

Porém, se o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem dá um entrevista dizendo, que a fase ruim da arbitragem é um reflexo do futebol jogado no país. Ou seja, os erros de arbitragem acontecem porque o futebol jogado não é de qualidade. Fica claro que a coisa é bem mais séria do que parece, pois se o problema da arbitragem é o futebol ruim jogado no país, acho que ainda teremos bastante assunto pra discutir no Facebook, Twitter, e também nos bares da vida.

Por: Tico Silverio – Twitter: @ticosilverio