“Inspire-se”

 “Inspire-se”

Metas, planos, sonhos e objetivos. Cada novo ano preenchemos uma lista de coisas que acabamos não cumprindo. Qual o melhor caminho para colocar em prática o que planejamos?

Conheça a história de realização da Terapeuta Manual da Tower Hill Clinic, Luciane Alberto e inspire-se a transformar seu sonho em realidade, com dicas de Coaching.

“Um sonho sem um plano, é somente um desejo”
Nasce um sonho: Tudo começou quando participei como voluntária da organização do Iron Man Brasil em 2006, em Florianópolis. Passei a compreender que esta prova não era feita apenas para pessoas que queriam passar por um grande desafio físico, mas que era feito por pessoas que se doavam para a realização e sucesso do atleta, para que o evento fosse finalizado da melhor maneira possível.  -se sentindo decidida-

Meta: Surgiu então, um grande desejo de participar do Iran Man como atleta para sentir como é estar do outro lado: superar todos os desafios ao longo de 8 meses para cruzar a linha de chegada. Sentei com a minha técnica para que pudéssemos traçar um plano, transformando sonho em meta.
Ponto de partida: maio/2006
Estado inicial: Triatleta de média distância
Meta: Iron Man (3.8 km nadando/180km pedalando/42.150 km correndo)
Quando: 2009
Onde: Florianópolis – Brasil
Estado desejado: Triatleta de longa distância. -se sentindo confiante-

Desafios: Para cada escolha uma renúncia. Eu estava preparada e disposta a renunciar meu tempo com a família e amigos para atingir o meu objetivo. Muitas vezes deixei de participar de aniversários de pessoas queridas, para dormir cedo, pois tracei uma rotina de treinamentos, que se iniciava, muitas vezes, as 3h da manhã com a natação.
Foi fácil? Absolutamente não, mas a recompensa veio aos poucos, com cada evolução em cada uma das modalidades, conhecendo melhor as reações do meu corpo. -se sentindo motivada-

Valores: Independente do tamanho do desafio, queria provar para mim mesma, o quanto sou capaz de realizar o inimaginável. Tantas vezes somos submetidos a situações em que nos falam que não somos capazes de realizar algo. Eu precisava mostrar para mim mesma que todos estavam errados e que sim, eu sou capaz de superar qualquer desafio. Comprometimento e foco a 100%.  -se sentindo forte-

Recursos: Na época, como eu morava com os meus pais, tinha uma tranquilidade financeira maior, mas precisava juntar recursos e investir numa bicicleta mais apropriada para provas de longa distância e com material leve. “Porquinho quebrado”, economias investidas no meu sonho e muitas bolsas e sapatos permaneceram nas prateleiras das lojas, das quais passava longe (risos). Além do recurso financeiro bem ajustado, acreditava na minha capacidade, conhecia minhas habilidades, mas o mais importante era QUEM eu tinha ao meu lado, as pessoas que continuavam a me apoiar, orientar e até a me fazer parar, pois descansar também faz parte de uma jornada bem sucedida. -se sentindo comprometida –

Motivação e inspiração: A inspiração veio de cada um dos atletas que terminaram a prova em 2006, da qual fui voluntária. Atletas que chegaram com um tempo excelente e ‘inteiros’, ou exemplos emocionantes como o pai que chegou carregando o filho nos braços e a senhora que chegou com muitas dores, cruzando a linha de chegada caminhando, persistindo e vencendo.  -se sentindo acolhida-

Estratégia: Uma prova longa e desafiadora, uma meta a ser planejada de maneira detalhada, um mapa de ação complexo feito especialmente para mim, pois o que serve para meu companheiro de equipe, pode não ser adequado para minha realidade e vice-versa. Desde a definição de tempo para treinos de cada modalidade que deveriam ser constantes e alternados. Consultas com a nutricionista a cada aumento de volume de treino. Fisioterapia, dores e cansaço. Tempo de selim, em que ficamos horas a fio em cima da bicicleta. Horas de descanso e horas de batalha.  -se sentindo entusiasta-

Ação: A participação em provas de longa distância foram me incentivando mais e mais. No final de cada semana de treinamento, a sensação de exaustão era grande e mesmo sabendo que a próxima semana se aproximava com uma meta maior, mais dolorida, mesmo assim, nada me tirava da rota, pois além do corpo, estava treinando minha mente, para superar meus limites, “keep moving”. As vezes o desânimo batia, e esses eram os dias mais importantes, treinar quando não se está a fim ou animado, faz com que no dia seguinte o treino seja mais motivador, sem desviar meu olhar na linha de chegada do IM2009. – se sentindo focada-

Imprevisto: No meio do caminho havia uma pedra, havia uma grande lesão no meio do caminho. Exatamente três meses antes da prova, depois de praticamente três anos de treino, na fase de treinamento específico, tive fratura por estresse em uma das canelas e na outra, uma grave lesão, que precede a fratura. STOP. Senta, repensa, analisa. Intermináveis discussões de problema, soluções e possibilidades com meu fisioterapeuta, com a minha técnica, com o professor da academia, com os meus botões. Mudança de rota, uma alternativa, uma chance: “bora” correr na água, pedalar mais, mantendo os músculos em movimento diariamente. Diferente dos outros atletas que fariam a prova, eu não havia corrido em terra o suficiente, e seriam nada menos que 42 Km, e definitivamente, entre as três modalidades, a corrida não era meu forte. Saberia se aguentaria, apenas no dia da prova. – se sentindo esperançosa-

Evidências de estar no caminho certo: Durante toda a jornada, melhorei muito em vários aspectos das modalidades. Nadando mais firme, me acostumando com a roupa de borracha, adaptando meu corpo a horas e horas de exercícios contínuos, treinando todos os dias da semana, com jornada dupla e até tripla de treinos. A cada meio Iron finalizado, algo era melhorado. Tudo foi milimetricamente testado. Houve falhas, onde aprendi que não posso deixar de comer na hora planejada, só porque estou me sentindo bem, pois se não seguir o combinado, o risco de ficar sem forças trinta minutos a frente, era muito grande e a possibilidade do fracasso era real. -se sentindo disciplinada-

Last step: Chegado o grande dia, na beira da praia de Jurerê Internacional, maio de 2009. As 6h55, um silêncio inexplicável tomava conta de todos os presentes, e a energia daquele momento é indescritível. O relógio marca 7h, o sol nasceu, foi dada a largada. Foi! Natação dentro do previsto, assistência na transição para o ciclismo impecável. Pedal comedido, pois precisaria das minhas pernas inteiras para sair para correr. Corri. Larguei com o objetivo de correr, mesmo que meu corpo pedisse para caminhar. Últimos 10km de corrida, a noite caiu e o frio se aproximou. A escuridão veio com a sensação de solidão, senti que aquele era o momento mais difícil da prova. A solidão foi passageira, para minha surpresa, um dos componentes da equipe chegou de bike, me enchendo de força, era o gás que precisava na hora. E quando minhas pernas queriam caminhar, ouvi um grito: “Continua correndo”. O último quilômetro foi o mais rápido da prova e o mais emocionante, sentido a energia e a torcida que vinha de tantas pessoas, amigos e desconhecidos, aquele momento era de todos nós. -se sentindo conectada-

Sonho realizado: Só quem cruza aquela linha de chegada sabe o que ela significa. Não existem palavras para descrever o que senti no momento. Foi em busca desse sentimento percebido no olhar das pessoas que vi realizar esse grande feito em 2006, que me fez decidir encarar esse sonho, que então se tornou realidade. Para dizer o mínimo, foi a realização de um sonho que muitos tentaram me fazer acreditar que era impossível. Mas não era. “Impossível? Só se você acreditar que é”. -se sentindo vitoriosa-

 

De acordo com a Coach Monica Fioresi, uma meta deve ser específica, mensurável, atingível, realista e com data. Definida a meta, é possível focar de maneira assertiva. O planejamento dever ser detalhado, avaliando seu estado inicial e seu estado desejado, traçando um caminho acessível e desafiador, avaliando perdas e ganhos e definindo valores a serem enaltecidos. Esclarecer recursos a serem buscados, como o financeiro e habilidades a serem melhoradas, sem esquecer das pessoas que lhe ajudarão na jornada rumo ao sonho realizado.
Durante a trajetória é comum o ajuste de rota, mudanças de hábitos e imprevistos a serem superados. O comprometimento é de alto nível independente do seu objetivo. É preciso QUERER de verdade, não apenas “achar que quer”, pois corre-se o risco de se tornar um projeto que não seguimos adiante. As ações definidas serão as pequenas metas e degraus que te levarão ao êxito da sua grande meta, com a elaboração de um mapa de ação, que te coloque no seu caminho e expresse a visão geral do seu comprometimento. É necessário ter foco e disciplina, afinal, ter sucesso dá trabalho, pois nos desafiamos, escolhemos ir além e sabemos que falhas fazem parte do processo, mas que no final, nos trazem grandes aprendizados. E por fim, “mais importante que a chegada é a jornada”, por isso, durante o processo, você já se sente vitorioso e motivado, passa a se conhecer profundamente, superando limites, eliminando o que não te serve e potencializando o que você tem de melhor, colecionando e percebendo conquistas diárias, que devem ser comemoradas com muita alegria.
A exemplo da Luciane, inspire-se a realizar seu sonho, seja ele qual for. Transforme-o em meta, planeje, busque ajuda, coloque em prática suas ações e jamais desista de alcançar seus resultados, que com certeza, serão extraordinários.


Por:

Monica Fioresi é Life Coach/PNL Practitioner e Luciane Alberto é Terapeuta Manual, e fazem parte da equipe da Tower Hill Clinic, clínica multidisciplinar de saúde e estética localizada na zona central de Londres.

Clínica multidisciplinar de saúde e estética.
www.towerhillclinic.com
info@towerhillclinic.com
Tel. 02031467294