Celebrar Memórias

 Celebrar Memórias

É do conhecimento de todos a importância da figura materna nas nossas vidas, desde o nascimento todos desenvolvemos uma relação muito especial com as nossas mães. Esta relação poderá ser mais ou menos afetiva contudo o vínculo à Mãe é inegável.

Enquanto aqueles que de alguma forma têm as mães presente em suas vidas celebram o seu dia, como fazem os que infelizmente não podem partilhar este dia com as suas mães?

A compreensão da perda depende da crença religiosa de cada um, contudo toda a ausência faz-nos refletir sobre como aproveitamos cada momento que passamos ao lado das pessoas que mais amamos.

Através deste pequeno espaço gostaria de reavivar as memórias de todos os que vivenciaram a perda das suas mães e que deste modo prestem-lhes homenagem.

“A memória nos proporciona reviver os sentimentos que a ausência não apagou.”

Por mais que nos digam que a morte é natural, e que a saibamos ser inevitável, o sermos obrigado a aceitar viver sem a figura materna é dos momentos mais difíceis que experienciamos. Quando isso ocorre somos invadidos por um enorme vazio, isolamo-nos, sentimos raiva, tristeza, revolta que parece não ter fim, um desespero inexplicável e um descontrolo emocional.Todos estes sentimentos fazem parte de um processo pelo qual todos nós teremos que experiênciar para que sejamos capazes de lidar com o sentimento da perda. O passar do tempo exige-nos a aceitação da realidade, que aprendamos a enfrentar a perda e convivamos com a ausência contudo não apaga as memórias.

“Aprender a viver com ausência não significa viver sem memórias.”

As memórias são uma forma concreta de sentir a presença de uma pessoa mesmo quando esta já não está. É também de nosso conhecimento que com o passar do tempo as memórias vão-se modificando, deixam de estar tão presentes, deixam de ser cópias fiéis do que vivemos, deixamos de lembrar coisas tão importantes como o toque, o cheiro, a voz da pessoa, mas nunca esquecemos o que sentíamos por ela. Neste dia permita-se a um breve silencio, a um respirar profundo ao esboço de um pequeno sorriso a par de uma memória feliz que vivenciou com a sua mãe.

Celebre as suas memórias, faça-as a perdurar no tempo.


Por: Catarina Santos Faria
www.monteiroclinic.co.uk
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